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    quarta-feira, 20 de maio de 2009

    No Vai e Vem do Transporte Público

    Hoje fui de ônibus ao trabalho, por causa do rodízio. Pior que esperar muito tempo pelo ônibus, é ver que se tivesse saído 40 segundos mais cedo, não perderia o busão que acaba de sair do ponto antes de você chegar. Se eu não tivesse usado cotonete depois do banho, daria tempo.

    Quando vi o busão de longe, sai correndo e assoviando, na esperança de que o motorista me visse. Não viu. Ou melhor, não quis parar, provavelmente por que eu sou homem. Já vi ônibus esperar mulher bonita chegar ao ponto sem sequer ela pedir, só pra ver se ela subiria ou não. Cheguei ao ponto esbaforido, e sob o olhar de pena de uns 5 velhinhos aposentados que estavam do outro lado da rua na frente de posto de saúde. Parecia a torcida decepcionada por eu ter perdido uma corrida.
    Depois de alguns minutos, chegou outro ônibus, subi, e consegui ir sentado até o Metrô.

    Chegando lá, me deparo com a fila pra comprar o bilhete. Devia estar acontecendo alguma excursão de escola infantil, tinha umas 80 crianças na fila pra comprar a passagem com as professoras! Na fila esperando a minha vez, fiquei meio puto por ver que alguns meninos da oitava série já eram maiores que eu. Tinha até uma menina maior que eu.
    Passei pela catraca correndo e uma das professoras me chamou, falando pra eu esperar por ela. Ela tinha me visto de costas, e por minha jaqueta ser da mesma cor do uniforme da escola, achou que eu era uma das crianças. Fingi que não era comigo.

    Desci correndo a escada rolante (que estava enguiçada) e entrei correndo, lutando contra a porta que já estava fechando. Na hora ouvi no auto-falante: “Atenção, não impeça o fechamento das portas, isso causa atrasos.” – Causaria mais atrasos se eu não impedisse o fechamento, teria de esperar o próximo!
    Metrô lotado, chegou minha estação. Levantei e fui tentando furar a multidão pra conseguir sair. Quando vi que não daria tempo, passei a fingir que aquela nem era minha estação, agindo como se não mais estivesse querendo descer ali, pra ninguém perceber o fracasso. Desci na próxima, e voltei uma estação depois.

    Chegando na última etapa do meu trajeto, o último ônibus, aconteceu a mesma coisa: o vi chegando no ponto e ainda faltavam uns 100 metros pra mim. Dessa vez nem tentei correr, me conformei em esperar o próximo. Tudo o que aconteceu resultou num atraso de 15 minutos na minha chegada, e tive de encarar o olhar de rabo de olho do chefe.
    O que? Se eu perder o emprego? Assim como fiz com o ônibus, vou ter de esperar pelo próximo.

    3 comentários:

    1. muuuito bom!
      Ah te vi no teatro folha, sábado (23/05) Muito engraçado!Adorei! E não só pq vc foi bom...também pq vc tava na frente da minha amiga (a qual estava do meu lado) e desde o começo da peça ela tava reclamando da sua cabeça na frente dela(somos mais baixas q vc) , qnd te chamaram lá na frente nós rimos muito...além de não atrapalhar nossa visão, vc mandou mto bem!

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    2. Se elas são mais baixas que o Patrick posso considerá-las pigméias?

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