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    sexta-feira, 6 de novembro de 2009

    Nessa data querida!

    Nunca entendi o motivo real de se comemorar um aniversário. Digo, você dá os parabéns a alguém por realizar a proeza de não morrer nos últimos 365 dias? Uau! Que grande feito! A menos que você viva no Iraque (ou no Rio de Janeiro), completar um ano a mais de existência é no mínimo a sua obrigação.

    Não importa se você ganhou o prêmio Nobel no último ano ou se ficou em sua casa jogando Playstation o ano todo, no seu aniversário alguém sempre te dará os parabéns. Simplesmente por ser seu aniversário.

    Acho que o “parabéns” no aniversário tem a função de elevar, mesmo que minimamente, a auto-estima de alguém. Algo como “Parabéns, pelo menos você ainda existe.”

    Algumas culturas têm o hábito de não comemorar o nascimento, e consequentemente, os aniversários. Acho justo, pois a grande maioria vem pra cá só pra se lascar, por isso que todo mundo já nasce chorando. Minha intenção não é ser pessimista nem escatológico, mas vale à pena lançar um olhar mais “Nelson Rodriguístico” na vida de vez em quando.

    Cada ano completado não é um ano a mais, e sim um ano a menos. Sempre pensei nisso. E quando penso que parece que meu aniversário anterior “foi ainda ontem” me dá um frio na espinha. Sinal de que os anos passam, quer você ganhe o Nobel, quer você jogue vídeo game o dia todo. É melhor então preocupar-se em fazer alguma coisa útil entre um aniversário e outro, assim pelo menos os parabéns serão de alguma forma merecidos.

    Mas hoje é dia de comemorar. Estou feliz! Alegria! Bolos! Festa com os amigos! Parabéns pra mim. Pelo menos ainda existo.